segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lispector Morais.

Hoje misturei Vinicius com Lispector e Clarice com Morais...
Em frases conhecidas como: “De repente, não mais que de repente... Silêncio e chuva caindo”.
Hoje foi um dia ruim... E agora que me lembrei que não sorri ainda, só um minuto volto já...
Pronto! Acabo de abrir a boca e exibir sem medo um sorriso em frente o espelho. Deparei-me com olhos de ressaca, olhos fundos, olheiras. Noite mal dormida? Pra falar a verdade, não dormi... Escrevi a noite toda.
Foi de repente? E não mais que de repente? Acho que não... Simplesmente preciso pensar nas palavras certas, e será que há palavras certas? Tem certas horas que o silêncio reina.
Maldito silêncio. Já percebeu que quando o silêncio entra, a paz sai? Porque sua mente fica tão vazia que se enche de maus pensamentos.
Preciso reagir. Preciso escrever cartas que talvez nunca entregue, e poesias ridículas. É só pra isso que serve a dor, pra inspiração! Impressionantemente, às vezes eu a busco, no intuito de voltar a ser boa no que nasci designada a ser! Poeta.
Umas palavras vão entrando por uma porta e saindo por outra. Algumas palavras teimam em ficar. Só algumas. Essas que machucam. Essas que nos lembram os dias bons. As aventuras e paixões bandidas. Essas que fogem do comum, do banal, do cotidiano. O século vinte e um tem mania de rapidez. O que não me convêm... Prefiro a vagarosidade das coisas.
Já percebeu o sabor que tem quando a dificuldade é vencida? Depois de você da tudo de si? É meu caro, você é humano, você gosta de desafios, de dificuldades. Quando a coisa é fácil demais, perde a graça, o sabor, e tudo mais.
Compliquemos e simplifiquemos. Vivemos. Por mim, ainda viveríamos no trágico romantismo, onde um beijo negado era a morte, e se morria de amor. Hoje, os maiores problemas que nos fazem perder a cabeça é a bolsa caindo, ou o negocio com a multinacional que não conseguimos fechar. Coloquemos dois pesos e duas medidas, qual dos dois tinha mais graça? Prefiro morrer de amor, a de estresse, e você?
Saio nas ruas, e vejo pessoas solitárias, cabisbaixas, contidas no seu mundinho. AUTISTAS. Com todo o respeito. Mas é que me revolta essa era de egoísmos. Já parou pra pensar de como somos egoístas e irracionais? Só pensamos unicamente em nos mesmos, em nossos umbigos, como diz minha avó.
Somos seres ridículos, vivemos a vida como um jogo, um jogo sem estratégia, sem caminho traçado, e quando perdemos alguma jogada já decretamos o fim... Que é isso companheiro, a outras cartas na mesa. E até nos tocarmos disso, já perdemos outros milhões de jogadas boas. Pior não é nem jogar. Pior mesmo é jogar com as regras dos outros, com a estratégia dos outros. Poxa, entenda, se deu certo pra ela, talvez e muito provável não dê certo pra você, pelo simples fato do objetivo dela não ser o mesmo que o seu, meu caro. Jogue seu jogo, se você começar a agir da forma que você julga certo, com certeza se tornará um dos melhores jogadores do jogo da vida.
Confesso! que até perceber isso, me cobri de conselhos ridículos, de frases feitas. Mas ai, meu cérebro deu um start... E cabam! Agora sou eu quem dito minhas regras, afinal, se eu errar, a dor é minha. Ninguém tem nada com isso. Concorda?
E sinceramente, haja de uma forma que toque as pessoas, não seja mais qualquer ou qualquer um... Seja “O” ou “A”. Se faça diferente, e diferente lhe trataram, se faça igual e mais um será.


THAIS FILGUEIRAS